O IBGE lançou nesta terça-feira (4/11/2025) a nova edição do Nomes no Brasil, agora atualizada com dados do Censo 2022 e, pela primeira vez, incluindo sobrenomes. O ranking confirma a tradição: Maria e José permanecem como os nomes mais frequentes do país, enquanto Silva lidera entre os sobrenomes e aparece no registro de 16,76% da população. A plataforma interativa permite explorar recortes por sexo, década de nascimento, letra inicial e localidade (Brasil, estados e municípios).

O que há de novo: sobrenomes, mapa-múndi e curiosidades regionais

A grande novidade é a inclusão dos sobrenomes (foram contabilizados mais de 200 mil), mostrando como a identificação familiar se distribui pelo território. Além da liderança nacional de Silva, o estudo destaca particularidades locais: em Sergipe, 43,38% da população têm Santos no registro; já Alagoas e Pernambuco concentram “Silva” em mais de um terço dos moradores (35,75% e 34,23%, respectivamente).

Na aba “Nomes no Mundo”, a ferramenta compara os nomes e sobrenomes mais comuns de cada país com suas ocorrências no Brasil — um convite para explorar raízes culturais e migrações. Entre as curiosidades municipais, o IBGE cita cidades cearenses onde a presença de Maria é altíssima: em Morrinhos (22,30%) e Bela Cruz (22,21%), mais de 2 em cada 10 moradores têm esse nome; em Santana do Acaraú, Ana atinge 10,41%. Em Buriti dos Montes (PI), Antonio representa 10,06% dos registros.

Tendências por geração: Gael e Helena em alta; Osvaldo e Terezinha envelhecem

O recorte por década confirma a “troca de guarda” nos berçários: nomes como Gael e Helena têm idade mediana muito baixa (1 e 8 anos, respectivamente), enquanto Osvaldo e Terezinha aparecem com medianas elevadas (62 e 66 anos), sugerindo picos de popularidade no passado e queda recente. A linha do tempo por nome ajuda a visualizar esses ciclos e a relação com fenômenos culturais (novelas, artistas, influências estrangeiras etc.).

Como consultar o seu nome (e o seu sobrenome) no Nomes no Brasil

No site, basta digitar o primeiro nome ou o sobrenome para ver: total de registros, mapa de concentração por estado e município, e a série histórica por década. O IBGE lembra que variantes são tratadas separadamente (ex.: Luiz ≠ Luis, Ana ≠ Anna) e que, por sigilo estatístico, termos muito raros podem ter parte dos dados ocultada (ex.: menos de 20 ocorrências no país).

Resumo rápido: Nova edição do Nomes no Brasil (Censo 2022) confirma Maria e José no topo. Entre os sobrenomes, Silva domina e está em 16,76% dos registros. O site traz mapa, linha do tempo por década, “Nomes no Mundo” e recortes por UF e município.

Fontes